terça-feira, 16 de setembro de 2014

Um mero aperitivo



O que vou fazer é feio. Não se faz e não aconselho nenhum de vocês a fazer em casa, tá bom? É como ir a um rodízio de pizzas e chamar aquela amiga esclerosada que se acha gorda, está de dieta e resolveu que só vai comer folhas durante um mês.

Acontece que a revista só deve chegar lá pro final de semana e não dá pra entregar o doce assim tão descaradamente. Por isso, vou postar só um aperitivo do texto que escrevi pra coluna que assino pra Revista A e que estará devidamente eternizado na sua edição número 24.

Ó:

***

“Somos tão bobos, mas tão bobos, que o máximo que conseguimos dizer é que as mulheres são complicadas. O mais engraçado é que elas não nos entendem e nós as achamos complexas demais.

Vai entender.

Aliás, Os homens precisam como se convencionou dizer, de desenho. Simples. Só a explicação, o beicinho fazendo birra, os “nãos” que significam “sims” não adiantam. Precisamos de um desenho para nos auxiliar no entendimento das maiores trivialidades, até mesmo em relação às amizades que dão certo com mulheres. Quando revelei a uma amiga, por exemplo, que ela era de minha total confiança, a reação foi quase cômica.

Piorou, quando disse que ela era minha confidente.

- Estou lisonjeada. Sou quase sua amiga gay – respondeu-me ela, antes de cair na gargalhada.

Confesso que não entendi e já faz uma semana.

Talvez seja algo como o preconceito que tentei eliminar no início desse texto, só que em sentido inverso. Porque, no fundo, elas também não conseguem admitir verdadeiras amizades com homens e sentem dificuldade em lidar com isso. Acreditam que amizades são aquelas que as acompanham ao toalete e podem, numa situação de aperto, emprestar o rímel, o esmalte, o batom ou simplesmente as olhar com um sorriso amarelo no rosto e dizer:


- Tá linda amiga, vai lá e arrasa”

***

Então, vou apanhar?

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