O
que vou fazer é feio. Não se faz e não aconselho nenhum de vocês a fazer em
casa, tá bom? É como ir a um rodízio de pizzas e chamar aquela amiga
esclerosada que se acha gorda, está de dieta e resolveu que só vai comer folhas
durante um mês.
Acontece
que a revista só deve chegar lá pro final de semana e não dá pra entregar o
doce assim tão descaradamente. Por isso, vou postar só um aperitivo do texto
que escrevi pra coluna que assino pra Revista A e que estará devidamente
eternizado na sua edição número 24.
Ó:
***
“Somos tão bobos, mas tão bobos, que
o máximo que conseguimos dizer é que as mulheres são complicadas. O mais
engraçado é que elas não nos entendem e nós as achamos complexas demais.
Vai entender.
Aliás, Os homens precisam como se
convencionou dizer, de desenho. Simples. Só a explicação, o beicinho fazendo
birra, os “nãos” que significam “sims” não adiantam. Precisamos de um desenho
para nos auxiliar no entendimento das maiores trivialidades, até mesmo em
relação às amizades que dão certo com mulheres. Quando revelei a uma amiga, por
exemplo, que ela era de minha total confiança, a reação foi quase cômica.
Piorou, quando disse que ela era
minha confidente.
- Estou lisonjeada. Sou quase sua
amiga gay – respondeu-me ela, antes de cair na gargalhada.
Confesso que não entendi e já faz uma
semana.
Talvez seja algo como o preconceito
que tentei eliminar no início desse texto, só que em sentido inverso. Porque,
no fundo, elas também não conseguem admitir verdadeiras amizades com homens e
sentem dificuldade em lidar com isso. Acreditam que amizades são aquelas que as
acompanham ao toalete e podem, numa situação de aperto, emprestar o rímel, o
esmalte, o batom ou simplesmente as olhar com um sorriso amarelo no rosto e
dizer:
- Tá linda amiga, vai lá e arrasa”
***
Então, vou apanhar?
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